quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Novos Ares



E em todos os momentos que passaram com o último ano, percebo que as metas, desejos e as concretizações não foram o suficiente, mas e o que esperar desse novo ano? Bom, atualizar o blog já é um grande passo, pois me dei conta de que há ano não posto nada e com certeza não faltou palavras, pensamentos, advérbios e até pontuações, mas o principal não estava tão presente assim: a concordância seja ela de alma, ou de mente...
É e nada melhor que tentar vasculhar as coisas que aqui dentro estão borbulhando para serem traduzidas e quem sabe até comedidas, já que nem tudo pode ser escancarado de tal maneira a nos deixar sem qualquer proteção, sou contra qualquer tipo de violação emocional, e mesmo aquela em que a gente se propõe, frente ao analista...
Cada coisa tem seu tempo, dizer antigo, mas com sabedoria!
Nesse ano, a pretensão é de manter a melhor conexão entre a mente e as palavras, deixar que elas tomem forma própria, mas isso elas já faziam, donas de si, apenas me utilizavam como mera digitadora mesmo, mas acho fundamental essa autonomia, mesmo que dependente, mostra que assim somos nós, independentes e ao mesmo tempo ligados aos menores e inflamados detalhes, sejam no passado ou no futuro, já que o presente é tão fugaz, que nem todos atentam aos seus anseios, ditos de voz baixa e amedrontada.
Bom, mas sem muitos paralelos, agradeço aos seguidores e aqueles que me acompanham, não é fácil manter as relações num mundo tão confuso como o de hoje, mas as pessoas sempre conseguem ajustar suas formas e vontades quando um objetivo é bem fundamentado, pois bem, por essas e outras razões, retorno ao blog com o maior desejo de fazer dele meu caderno virtual, aquele em que posso sem receios, mostrar o que acho, penso, suspiro, ignoro, enfim, aquilo que mais gosto, e que por mim seria minha eterna profissão: a escrita!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MULTIFACES


Não deixar de falar, expor, se mediar
Conseguir ser ímpeto, sem temor
Conquistar vitórias, sem dor
Descobrir o novo, sem críticas
Fazer da diferença, a saída para o que pode ser igual
Achar que quase tudo é normal.

Observar o canto, a arte, sem insensibilidade
Curtindo o que o abstrato diz
Para de ensinamentos, inventos, volta a ser aprendiz
E no final, me diz
A porcentagem do teu valor, pois já não sou a tua bússola
Cansei de ser a intrusa de um corpo sem essência, que apela sem decência que preencham o que a genética lhe esvaziou.

Começa pelo menor e tenta enxergar o maior, quando teus passos forem firmes
Quando não houver mais o calibre de tanta sabedoria
Concretiza o que de maior te sustenta para que volte a prender a fenda
Que um dia você soltou.

E sem mais conselhos, falo erguendo os joelhos que por um instante me apoiou
Para que pudesse te olhar de frente, e agradecer verbalmente
Pelo desprezo que hoje te dou
Resultado da dor – sensível àqueles destinados, carma para os desacreditados

Pena que tenha aprendido pela estrada mais sólida
A verdade que estava atrás da porta e você deixou escapar
Só espero que cuide de tratar com cuidado
Ah, busque no armário, o que você precisa
Para cicatrizar as feridas que você desprezou

E que se abria a cada deslize, naquela crise que hoje nos derrubou
Mas de uma coisa tenho certeza,
Saio com delicadeza e sem ressentimento
Não deixando o meu momento dissipar, vou viver e respirar
A brisa que me convida, para ser feliz e digna de libertar.

LUCERNA



Sou um estado de plenitude, melhor dizer me sinto num estado de plenitude. Dessa forma fica menos onipotente, já que é necessário ter cautela no falar, no pensar. Bom, mas assim me defino hoje, plena de alma amena, não me importo em fazer parte do mundo, mas não de um mundo todo, nem tudo é completo e absoluto. Bela teoria. Posto em prática no hoje, no agora, sem meias palavras, assim me encontro ou me perco, mas ainda sim, revigorada. Sem reservas. Feliz. Jamais imaginei esse céu aberto, sem nuvens e com cores radiantes, o bom da vida é que ela nos surpreende a cada segundo. Mas e se soubéssemos de tudo? Quem não queria? EU. Sinceramente porque não haveria graça nos nascimentos, acontecimentos ou até nas eventualidades, que nos permite voltar ao papel de espectadores, mas digo aos sábios, não aqueles que aguardam sem esforços respostas prontas, volto minha atenção àqueles que conseguem responder de forma abstrata tudo aquilo que o faz perceber que não são seres inanimados, nem ímpios, mas sim, persona, de uma ficção real, sem máscaras nem personagens externamente caracterizados.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Análogos



Crio um mundo paralelo ao meu quando me rendo por inteira à arte de escrever. Isso me traz a oportunidade de abrir as portas, limpar os armários, e receber um novo convidado, com todas as regalias que ele merece, e não só ele se beneficia com todo esse momento, aproveito para sentir a brisa, tomar um café e conversar sobre os mais diversos e agradáveis assuntos. E dessa forma, permito acreditar que existem propósitos lógicos e situações que me mostram as inúmeras dimensões que é a vida, basta somente focar no ponto de vista que mais te agrada e tomar como sua propriedade.

São minutos libertadores, é a expectativa alcançada quando percebo que já estou no meio do que penso, e que nem tenho pressa de finalizar, fico lapidando, e não volto para ler o início, vou deixando que as coisas se encaixem e tomem suas proporções devidas, e que a escrita sinta-se como se fosse minha bússola.

Quando isso acontece abandono o personagem e deixo que ele me mostre suas reais intenções, esse é o meu triunfo quando sozinha paro um instante e utilizo das letras para alinhar meu pensamento. É a maneira mais simples de extravasar, criar, isolar ainda mais meus sonhos e projetos, sem manuscrito, muito aqui se confunde, não sei de onde vem tantas palavras, e como elas conseguem se inteirar, formar um todo, isso é o que mais me encanta quando disponho de tempo e inspiração para aproveitar esses instantes de prazer.

Por isso não deixo escapar os dias de introspecção, àqueles em que a gente acorda com vontade de nada, e é assim que me visto, de herói do nada para fazer um tudo com as mãos, sem esforços, regras, apenas intimista e secreta no que mais me abrilhanta os olhos, não deixo um dia sequer passar sem que eu não tenha deixado minha marca, entre pingos e acentos, vou firmando meus pensamentos, sem exigências, buscando apenas o momento oportuno, a letra adequada, a rima que exala o que minha mente a ela confidencia.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

PROSA ERUDITA


Brincadeiras, incertezas, momentos sem tempo definido. O que é regra, já não vigora, o tédio que existia fora embora, sem hora pra regressar. E o que fazer? Aproveitar a nova experiência, sem a intervenção da ciência, da razão. Esquece os neurônios e a função das sinapses, faz o que foi dito, só que ao contrário, experimenta o surreal, transforma a ilusão no real, e entenderás o significado da pureza e da busca constante do ser em conhecê-la.

Aprimora teus conhecimentos, os inventos e as vontades, põe em evidência tuas crenças, teus ancestrais. Mostra ao mundo o mais profundo de tua alma, converte o medo em calma, lava o rosto e recomeça, quer um conselho? Sem pressa. Sente todo o frescor da água, alimenta a falta, com algumas pitadas de emoção.

Viva intensamente, presente, contente, sem visões pessimistas, egoístas. Observa o agora, lá fora, abre a porta e deixa o que for bom entrar. Cultiva o tempo, momentos e seus sinais, revela sua essência, sem temer a indiferença ou a inveja dos irreais, seres por você criados e moldados conforme suas imagens distorcidas.

Para de cena e acena pela janela que o melhor está em ti, pulsando e querendo explodir, onde os estilhaços ainda por vir, revelarão teu DNA.

Viaja sem passagem, hospedagem, observa apenas a miragem que o horizonte te presenteia, não ache que tudo isso é impossível, bonito e difícil de acontecer, solta as amarras, se joga e abraça aquilo que só você pode mudar, o seu interior.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Intrínseco OLHAR


Pensar...mas o que é o pensar senão uma forma intrínseca de fugir da realidade? Transpor e construir momentos de pura nostalgia e alegrias contidas, por esse motivo, eu ainda penso, na verdade reflito aquilo que reinvento no meu momento. Seja como for, a melhor maneira e a saída tangencial ainda encontra refúgio no solitário racional, porém o que me encanta é saber que isto ainda pode ser moldado pelas sensações e singelamente transmitidas com gestos,sem garantias de reciprocidade.

V.I.D.A


Sentir e perceber o que acontece ao nosso redor é algo que deveríamos fazer sempre ou frequentemente, sentar numa poltrona, respirar fundo, agradecer por estar vivo e saudável, são coisas que o ser humano esquece, pois enquanto perde tempo fazendo isso, prefere entregar-se ao comodismo de um controle, ao isolamento existencial, deixando nesse momento que fatos, informações, pessoas e cores que o cercam, sejam transformadas pelas formas abstratas de um pincel negro que reflete na tela a sua essência perdida, e desse jeito, muitos vivem transformando esse ofício num prazer, e quando olham o resultado da obra, veem que é impossível colocar branco numa tela suja, mas depois, percebem que é necessário e vital mudar o rumo do quadro, deixando que formas concretas sejam a base de uma vida resgatada.

Sombras do BLOG!!!!!!